O que as empresas podem aprender com o filme "Escritores da liberdade"?

Com a chegada do mês de outubro, em que comemoramos o dia do Professor, gostaria de inspirar gestores por meio de histórias contadas em filmes que podem ajudar na travessia desses tempos difíceis. Ao invés de agendas corporativas, diários para escrita pessoal e criativa.

A sugestão é o filme "Escritores da Liberdade" lançado em agosto de 2007. O roteiro é baseado em uma história real. A trama é vivida por alunos do primeiro ano, do Ensino Médio da sala 3- Escola Woodrow e a professora de inglês e literatura Erin Gruwell, interpretada pela atriz  Hillary Swank.

Para crédito: https://www.linkedin.com/pulse/o-que-empresas-podem-aprender-com-filme-escritores-da-augusto



"A história gira em torno da necessidade da criação de vínculos sociais em sala de aula."

Assinado por Richard Lavagranese e Erin Gruwell, este roteiro é baseado no livro best-seller The Freedom Writers Diaries e demonstra os desafios e a possibilidade de mudança através da educação. O que a professora faz na verdade? Ela entrega um caderno aos alunos para que escrevam, diariamente, sobre sua própria vida.

"(...) suas próprias histórias, seus conflitos internos, enfim, sua própria vida em palavras escritas. Completando sua tática, indicou a leitura de livros que retratavam histórias de “heróis” da humanidade, como: “O diário de Anne Frank” – com o objetivo de que seus alunos percebessem a necessidade de tolerância entre si visto que, inúmeras barbáries aconteceram e acontece mundo a fora, e que a mudança de suas vidas, dependem exclusivamente de suas atitudes."*

O mundo transformou-se em uma grande escola. Em função da Pandemia e da aceleração da necessidade de adaptar-se, acredita-se que buscar colaboradores mais compromissados e autônomos seja uma alternativa fundamental para suportar os novos tempos de forma saudável.

Daí, vejo que o grande desafio das empresas, hoje, é formar escritores.

Para lidar com uma realidade cada vez mais complexa, não há outra alternativa.

Entre uma mudança e outra, uma orientação e outra, um protocolo e outro, há um SER.

Esse SER precisa de tempo. De silêncio reflexivo. De uma folha de papel em branco.

O processo de criação é solitário, dentro do burburinho dos milhões de ideias repetidas, das pautas infinitas, das transformações incessantes, não há quantidade suficiente de pausas para suprir o SER.

"Para Morin (2000; 2003), a partir do conhecimento, o ser humano passa a compreender melhor sua tarefa de transformação pessoal e da sociedade a qual pertence, por transposição de barreiras e de um conhecimento profundo da realidade, passa então a compreender melhor o meio que está inserido, gerando alternativas e se baseando em vivências para a transformação de seu caráter em forma crítica, independente e autônoma."*


Sugiro que cada colaborador, inclusive o dono/ a dona da empresa recebam um diário pessoal, intransferível, trancado a sete chaves, é uma solução interessante. Longe das piadas dos colegas. Uma plataforma que seja íntima, fornece combustível para lidar com o OUTRO, o NOVO e o EU.

Sem cola. Sem cópia. Sem corretor ortográfico. Sem palpite.

Esse presente da empresa será impossível de ser fornecido por horas de reunião. de trabalhos forçados em equipe...

A criação coletiva enriquece o mundo dos negócios. Foi formatada para ele. Para o mundo dos extrovertidos. Dos vendedores 24 horas por dia.

Precisamos de mais seres...

Não é vantagem competitiva na Era do Conhecimento ter colaboradores que cumprem ordens e cedem aos eventos do momento, se estes não constroem conhecimento real? A experiência vivida só se concretiza após avaliar (e não apenas apreciar) as lições aprendidas.

O processo de escrita delineia o amadurecimento.

Fornece oportunidades de visualização de realidades mais complexas.

Amplia o olhar sobre o PRESENTE.

Aumenta o autoconhecimento.

Ao invés de acumular uma experiência sobre a outra de maneira passiva. A escrita acessa atitude mais reflexiva e crítica diante da realidade com perguntas determinantes:

-Como foi o meu hoje?

-O que quero do meu amanhã?

-Que medidas tomar para alcançar os meus sonhos?

-Estou alinhado/alinhada com o meu propósito?

Na experiência com meus alunos e alunas deixo o desafio de criar o seu próprio modelo de negócio (Canva) e escrever um e-book como trabalho final.

Isso tem me rendido uma sensação de dever cumprido. Pensando no processo e não no resultado, tenho me realizado na jornada.

Muito diferente das escolas, as empresas se adaptam a esta nova narrativa dos tempos atuais: a necessidade de oferecer um ambiente, ao mesmo tempo, criativo e produtivo. Tem lutado para melhorar as políticas de comunicação e ampliando cuidados com a saúde emocional dos colaboradores.

Fonte: portaleducacao.com.br em setembro de 2020.



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