ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA PARA IMIGRANTES DIGITAIS

ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA PARA IMIGRANTES DIGITAIS

Nunca se tratou de "nós", isso é um fato. No "salve-se quem puder", a formação do profissional da educação na virada do século XX e início do XXI foi por sua própria conta e risco...

Hoje, entendo por que me transformei em empresária da área de educação e ofereço o curso livre de Alfabetização Tecnológica para Imigrantes Digitais, como MEI, tendo como público-alvo, professores já aposentados, acima de 60 anos. Percebi que estes deveriam ter o prazer de relatar as suas histórias, vitórias e emoções utilizando as ferramentas mais modernas, surfando na internet.

Na base do "se vire" e faça "você mesmo", junto de vários colegas, há mais de 20 anos, buscamos soluções, de forma empreendedora, para construirmos as competências necessárias para lidar com as novas tecnologias em sala de aula.

O compromisso é única e exclusivamente com os nossos clientes, os alunos. Os vínculos formados fosse na educação infantil, fundamental, EJA ou profissionalizante e, hoje, com os clientes da Escola Portátil de Oratória, era com o intuito de levar conhecimento com sentido. Oferecer condições básicas e conteúdos mais próximos "da vida", dos desafios do mundo cotidiano.

Para garantir a qualidade do nosso trabalho em sala de aula somos nós a arcar com o investimento naquilo que é necessário. De forma autônoma. Na ponta. Participando do processo. Agindo. Empreendendo na área da educação.

E o sistema público de educação? Nada! Assim como em outras disciplinas, meio ambiente por exemplo, o ensino das tecnologias da informação e da comunicação não era encarado como transversal e transdisciplinar.

Era 1987... há 23 anos...

1987, recém formada no curso de Magistério, fazia o meu primeiro curso de Informática, Linguagem Basic, com carga-horária de 120 horas, na Microminas-Escola de Informática.

Entre 1990 e 1995, assistíamos a onda da tecnologia avançando. Eu cursava as licenciaturas de Estudos Sociais, História e Geografia.

Em 1998, uma novidade no mercado de educação: a pós-graduação em "Novas Tecnologias em Educação e Treinamento" oferecida pela UNI-BH nos finais de semana. Ufa! Vamos lá! Que venha a BR 381, todo final de semana. Mas, o que importava? Finalmente poderia participar de aulas sobre EAD, Criação de ambientes interativos de aprendizagem, Bibliotecas do futuro, Língua e Literatura (semiótica), laboratórios de TV, Internet, Rádio, Produção Gráfica e muitos outros conteúdos. Talvez, não fosse esse curso, nunca conheceria Vera Casa Nova, Domício Proença Filho, Helton Gonçalves de Souza e outros professores brilhantes. Incrível!

Sem contar os colegas de turma...

Vendo o cenário atual, percebo, uma necessidade de (pásmem!) uma humanização da escola. Se o que se preza é a qualidade do ensino porque nossos competentes gestores públicos nunca entenderam a necessidade de construção do saber do docente, não só para resolver tarefas burocráticas/administrativas, mas para potencializar o ensino em sala de aula?

Estou satisfeita, pois não espero mais os "nós", os "sistemas" agirem. Nunca foi assim e não haverá de ser agora.

Fui, realmente, mordida pelo "bichinho" do empreendedorismo.


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